Intensificar as ações de combate
e melhorar as abordagens de tratamento e controle da malária no Estado foi o
foco principal do 2ª Seminário Estadual Alusivo ao Dia Mundial de Luta Contra a
Doença, realizado nesta terça-feira, 25 de abril, no auditório do Centro de
Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), no bairro Dom Pedro, zona
Centro-Oeste de Manaus. O evento foi realizado pela Fundação de Vigilância em
Saúde do Amazonas (FVS-AM).
“O
Governo do Amazonas tem incentivado esse combate através da Fundação de
Vigilância em Saúde do Amazonas, e recentemente com as ações do Barco Pai, que
vai visitar as calhas levando a campanha e executando medidas para amenizar os
problemas de saúde junto à população. Saúde e combate à malária não se faz
dentro de gabinete, se faz nas ruas e nos municípios. E vamos continuar com
esse mesmo empenho, e onde tiver uma pessoa ou cidade vulnerável atuaremos com
rigor para alcançarmos os menores níveis da doença”, explicou o governador em
exercício, Henrique Oliveira.
11 Municípios apresentam 60% dos
casos
Entre
2015 e 2016, o Amazonas registrou uma redução de 32% nos casos de malária.
Conforme relatório da FVS, os investimentos do Governo Estadual tem surtido
efeito na redução dos casos. O Amazonas saiu de 74.309 mil casos, em 2015, para
49.928, em 2016. Em torno de 11 municípios amazonenses ainda apresentam 60% dos
casos da doença no Estado, sendo que 20% são de territórios indígenas. O
diretor-presidente da FVS, Bernadino Albuquerque, ressaltou a importância das
ações de combate à doença nessas localidades.
“O que
vem sendo discutido é um esquema de tratamento que possa facilitar a vida do
doente e as áreas de riscos também. Temos a região do alto rio negro ainda com
um índice alto, mas estamos com nossos agentes entrando nessas áreas e
realizando os trabalhos de prevenção. Para isso, é necessária estratégia
específica junto aos Distritos Sanitários de Saúde Indígena em parceria com as
demais esferas dos governos estadual, federal e municipal”.
O
Governo do Estado já investiu R$ 4 milhões em equipamentos, insumos
estratégicos, como, por exemplo, a distribuição de mosquiteiro impregnado, além
da capacitação técnica continuada para que as equipe de endemias fossem
estruturadas nos municípios e assim conseguissem fazer uma intervenção efetiva
junto a população.
Dados sobre a malária
O seminário teve abordagens
sobre o ''Contexto Histórico do Controle da Malária no Amazonas",
"Prevenção, Controle e vigilância da Malária: Desafios da Gestão,
Estratégias para Eliminação da Malária na Região Amazônica",
"Proposta do Amazonas de Novo Esquema de Tratamento na Malária",
"Protocolo ilustrado de Tratamento de Malária, relato de experiência bem
sucedida em Eirunepé".
Aproximadamente
80% dos casos de malária no Amazonas são oriundos de 11 municípios. Até março
de 2017 foram registrados 12.775 casos da doença, sendo que São Gabriel da
Cachoeira é responsável por 2.751 casos (21,53%), Santa Isabel do Rio Negro com
1.781 casos (13,94%), Barcelos com 1.552 casos (12,15%), Manaus com 1.486
(11,63%), Guajará com 773 casos (6,05%), Presidente Figueiredo com 483
casos (3,78%), Lábrea com 356 (2,79%), Coari com 355 casos
(2,78%), Careiro da Várzea 270 casos com (2,11%), Humaitá com 268 casos (2,10%)
e Atalaia do Norte com 246 casos (1,93%).
O
Dia 25 de abril, o Dia Mundial de Luta contra a Malária, foi instituído
pela Assembleia Mundial da Saúde em 2007, com a finalidade de reconhecer o
esforço global para o controle efetivo da malária.
Nenhum comentário:
Postar um comentário