No Dia Mundial sem Tabaco, comemorado
em 31 de maio, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas
(FCecon), unidade de referência em cancerologia na Amazônia Ocidental, realiza,
a partir das 7h30, uma ação educativa com o objetivo de conscientizar a
população acerca dos fatores de risco do câncer, em especial, o tabagismo. O
local escolhido foi a Fundação Vila Olímpica (FVO), situada na Avenida Pedro
Teixeira, bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste de Manaus. O evento inicia às
7h30, com diversas atividades físicas, como zumba e treinamento funcional.
Instituída há 30 anos, pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), a data busca alertar a população mundial
sobre a influência do cigarro no aparecimento de diversas doenças, entre elas,
as cardiovasculares e o câncer de um modo geral. O tema selecionado pela OMS
para a campanha de 2017, que no Brasil inclui os 26 estados brasileiros mais o
Distrito Federal, foi: ‘Tabaco: uma ameaça ao desenvolvimento’. Segundo o
diretor-presidente da FCecon, cirurgião oncológico Marco Antônio Ricci, o
tabagismo é o principal fator de risco isolado para as neoplasias malignas do
aparelho respiratório e também está diretamente associado ao aparecimento dos
cânceres de bexiga e de estômago.
De acordo com a projeção mais recente
do Instituto Nacional do Câncer (INCA), subordinado ao Ministério da Saúde, os
cânceres de traqueia, pulmão e brônquios devem registrar juntos, neste ano, 300
novos diagnósticos no Amazonas. Se somado às neoplasias de estômago e bexiga, o
número de casos no Estado sobe para 760 (quase 15% do total de casos de câncer
estimado para o Estado), quantidade considerada alta por especialistas.
Campanha
A OMS incentiva os países a priorizar
e acelerar os esforços para combater o uso de tabaco no âmbito das medidas
relacionadas com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
“Todos os países podem se beneficiar
com o controle eficaz dessa epidemia, principalmente, protegendo seus cidadãos
contra os efeitos nocivos do consumo de tabaco, reduzindo o impacto nas
economias nacionais”. O objetivo da Agenda de Desenvolvimento Sustentável e de
suas 17 metas mundiais é garantir que ninguém seja deixado sem vigilância.
Oito
milhões de mortes
O consumo de tabaco mata
aproximadamente de 6 milhões de pessoas a cada ano, um número que, segundo as
previsões, aumentará para mais de 8 milhões de mortes por ano até 2030, caso as
medidas de controle não sejam intensificadas. “Fumar é prejudicial a qualquer
pessoa, independentemente do sexo, da idade, da raça, da cultura e da
educação”, explicou Alencar.
Ele alerta que o consumo provoca,
ainda, sofrimento, doença e morte, empobrece famílias e enfraquece economias
nacionais. Obriga também a aumentar os gastos com a saúde pública e gera uma
redução na produtividade, promovendo custos substanciais para a economia dos
países. “Além disso, o consumo de tabaco agrava as desigualdades e a pobreza.
Por exemplo: as pessoas mais pobres acabam gastando menos em necessidades
básicas como alimentação, educação e cuidados de saúde. Cerca de 80% das mortes
prematuras são causadas pelo consumo de tabaco. Esse dado é registrado em
países de baixa e média rendas que têm mais dificuldade em alcançar as metas de
desenvolvimento”, concluiu.
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