segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Às guerreiras ykamiabas e aos cabanos, a homenagem de hoje!




O dia 5 de setembro representa para o Amazonas o desmembramento da Província do Grão-Pará, em 1850, resultado das lutas ocorridas durante o Brasil imperial, em que os cabanos assumiram o protagonismo da região.

O nome Amazonas foi uma homenagem às guerreiras ykamiabas (icamiabas), cuja existência foi registrada por navegadores, dentre os quais o espanhol Francisco de Orellana, quando se deparou com as bravas guerreiras, em 24 de junho de 1542.

A referência às amazonas deve-se às guerreiras descritas na mitologia grega. Os espanhóis, fascinados com as mulheres combatentes teriam relacionado as bravas ykamiabas ao mito grego. A elas, então, o Estado homenageou, nesse momento de luta.

Nos primeiros anos do século XVI, a Amazônia pertencia ao Estado do Maranhão, onde a grande cidade existente era São Luís. O restante de toda a região era ocupado por ordens religiosas, como jesuítas, carmelitas, dominicanos e franciscano, em missões e aldeamentos.

Nesse período, o Governo do Estado do Maranhão promoveu a distribuição de terras para particulares fundarem suas capitanias. Foram fundadas as Capitanias da Coroa ou Reais, e as Capitanias Particulares. Em 1737, o Estado do Maranhão virou Grão-Pará e a sede do governo foi transferida de São Luís para Belém.



Em 1750, o Tratado de Madri confirmou a posse portuguesa sobre a área. A Capitania de São José do Rio Negro, criada em 1755, estava subordinada ao Grão-Pará. O governo colonial concedeu privilégios e liberdades para quem emigrasse para a região.

Em 1772, a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir algodão, cordoalhas, manteiga de tartaruga, cerâmica e velas.

Merecem destaque os governadores Lobo d´Almada e João Pereira Caldas, que trabalharam pelo desenvolvimento local. Os primeiros núcleos de cidades foram em Borba, Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro.

Em 1832 uma revolta popular, capitaneada por Frei José dos Inocentes exigiu a autonomia do Amazonas como província separada do Pará. A rebelião foi sufocada, mas os cabanos, mestiços, negros e índios, que habitavam a região, em condições miseráveis, iniciaram um movimento, a cabanagem (1835-1840), que culminou com a sua separação definitiva do Grão-Pará, em 1850.


Texto: Regina Melo
Imagens: Divulgação

Um comentário:

  1. gostaria de entrar em contato com a escritora Regina Mello, pois estou fazendo meu TCC baseado no livro ykamiabas filhas da lua mulheres da terra...
    att. Cristiane Miranda Ramires
    email; cristiane.litera.mramirez@gmail.com

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