O
dia 5 de setembro representa para o Amazonas o desmembramento da Província do
Grão-Pará, em 1850, resultado das lutas ocorridas durante o Brasil imperial, em
que os cabanos assumiram o protagonismo da região.
O
nome Amazonas foi uma homenagem às guerreiras ykamiabas (icamiabas), cuja
existência foi registrada por navegadores, dentre os quais o espanhol Francisco
de Orellana, quando se deparou com as bravas guerreiras, em 24 de junho de 1542.
A
referência às amazonas deve-se às guerreiras descritas na mitologia grega. Os espanhóis,
fascinados com as mulheres combatentes teriam relacionado as bravas ykamiabas ao
mito grego. A elas, então, o Estado homenageou, nesse momento de luta.
Nos
primeiros anos do século XVI, a Amazônia pertencia ao Estado do Maranhão, onde
a grande cidade existente era São Luís. O restante de toda a região era ocupado
por ordens religiosas, como jesuítas, carmelitas, dominicanos e franciscano, em
missões e aldeamentos.
Nesse
período, o Governo do Estado do Maranhão promoveu a distribuição de terras para
particulares fundarem suas capitanias. Foram fundadas as Capitanias da Coroa ou
Reais, e as Capitanias Particulares. Em 1737, o Estado do Maranhão virou
Grão-Pará e a sede do governo foi transferida de São Luís para Belém.
Em
1750, o Tratado de Madri confirmou a posse portuguesa sobre a área. A Capitania
de São José do Rio Negro, criada em 1755, estava subordinada ao Grão-Pará. O
governo colonial concedeu privilégios e liberdades para quem emigrasse para a
região.
Em 1772,
a capitania passou a se chamar Grão-Pará e Rio Negro e o Maranhão foi
desmembrado. Com a mudança da Família Real para o Brasil, foi permitida a
instalação de manufaturas e o Amazonas começou a produzir algodão, cordoalhas,
manteiga de tartaruga, cerâmica e velas.
Merecem
destaque os governadores Lobo d´Almada e João Pereira Caldas, que trabalharam
pelo desenvolvimento local. Os primeiros núcleos de cidades foram em Borba,
Itacoatiara, Parintins, Manacapuru e Careiro.
Em
1832 uma revolta popular, capitaneada por Frei José dos Inocentes exigiu a
autonomia do Amazonas como província separada do Pará. A rebelião foi sufocada,
mas os cabanos, mestiços, negros e índios, que habitavam a região, em condições
miseráveis, iniciaram um movimento, a cabanagem (1835-1840), que culminou com a
sua separação definitiva do Grão-Pará, em 1850.
Texto: Regina Melo
Imagens: Divulgação
gostaria de entrar em contato com a escritora Regina Mello, pois estou fazendo meu TCC baseado no livro ykamiabas filhas da lua mulheres da terra...
ResponderExcluiratt. Cristiane Miranda Ramires
email; cristiane.litera.mramirez@gmail.com