quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Escolas indígenas abandonadas pela Prefeitura de Manaus


Segundo relatório de 21 de dezembro referente à fiscalização do vereador Waldemir José (PT) a situação das 14 escolas do Rio Negro é de abandono, para o funcionamento das três escolas indígenas os moradores improvisam para ter educação, faltam merendas, professores bilíngues, respeito a quem mora nas áreas ribeirinhas.

As 14 escolas fiscalizadas pelo parlamentar encontram se nas comunidades ribeirinhas do Rio Negro, dentre estas as obras das escolas indígenas estão embargadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), os materiais de construção estão se deteriorando, equipamentos do telecentro, como computadores, também, por má conservação adequada.

Comunidade Nova Esperança

A Escola Municipal Pisasú Sarusawa encontra se na comunidade Nova Esperança onde moram 25 famílias, sendo 99% indígenas da etnia baré e funciona com uma sala improvisada com 80 alunos da educação infantil ao 9º ano. A construção da escola está parada há quase três anos, o que levou os comunitários construíram uma cozinha e um alojamento para os professores.

A escola é um projeto do Governo Federal em parceria do Governo Municipal. No prédio da escola deveria ter 6 salas de aula, salas para o setor administrativo, uma cozinha grande com refeitório e local para lazer dos alunos, além de um telecentro, no entanto na fiscalização o vereador Waldemir José encontrou cimento com prazo de validade vencido, louças de banheiro amontoadas, cerâmicas amontoadas e quebradas.

Segundo informações da liderança da comunidade muito material foi perdido, por outro lado o Tribunal de Contas União - TCU embargou a construção da obra.

Comunidade Três Unidos

Moram nesta comunidade famílias indígenas da etnia Kambeba, daí uma obra de um projeto de uma escola indígena com verba do governo federal no valor de R$ 1.423.323,66 (Hum milhão, quatrocentos e vinte três mil, trezentos e vinte e três reais e sessenta e seis centavos).

A empresa responsável é a Lachi e Figueiredo Administração e Obra LTDA e o engenheiro responsável é Gilberto Queiroz. A obra foi iniciada em outubro de 2014, deveria ter sido concluída em 2015, no entanto, os comunitários denunciam que a obra está parada há mais de 1 ano e o material está estragando, exposto ao sol e chuva.
A obra inacabada deixou uma área cimentada, usada para preparação de massa de cimento que está represando água, servindo como foco de larvas de mosquitos da dengue, chikungunya e zika vírus, expondo os moradores a enfermidades transmitidas por esse mosquito.


 Escola Ruka Kanata T-ykua – Luz do Saber

O informe apresentado pelo vereador Waldemir Jose indica ainda que a quantidade de merenda escolar não é suficiente para alimentar as crianças o mês todo, foi encontrado 15 produtos da merenda escolar (13 produtos não perecíveis, 2 proteínas e 1 suco).  (Mercedes Guzmán)














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