Segundo
relatório de 21 de dezembro referente à fiscalização do vereador Waldemir José (PT)
a situação das 14 escolas do Rio Negro é de abandono, para o funcionamento das três
escolas indígenas os moradores improvisam para ter educação, faltam merendas, professores
bilíngues, respeito a quem mora nas áreas ribeirinhas.
As
14 escolas fiscalizadas pelo parlamentar encontram se nas comunidades
ribeirinhas do Rio Negro, dentre estas as obras das escolas indígenas estão embargadas
pelo Tribunal de Contas da União (TCU), os materiais de construção estão se
deteriorando, equipamentos do telecentro, como computadores, também, por má conservação
adequada.
Comunidade
Nova Esperança
A
Escola Municipal Pisasú Sarusawa encontra se na comunidade Nova Esperança onde moram
25 famílias, sendo 99% indígenas da etnia baré e funciona com uma sala
improvisada com 80 alunos da educação infantil ao 9º ano. A construção da
escola está parada há quase três anos, o que levou os comunitários construíram
uma cozinha e um alojamento para os professores.
A
escola é um projeto do Governo Federal em parceria do Governo Municipal. No
prédio da escola deveria ter 6 salas de aula, salas para o setor
administrativo, uma cozinha grande com refeitório e local para lazer dos
alunos, além de um telecentro, no entanto na fiscalização o vereador Waldemir
José encontrou cimento com prazo de validade vencido, louças de banheiro
amontoadas, cerâmicas amontoadas e quebradas.
Segundo
informações da liderança da comunidade muito material foi perdido, por outro
lado o Tribunal de Contas União - TCU embargou a construção da obra.
Comunidade
Três Unidos
Moram
nesta comunidade famílias indígenas da etnia Kambeba, daí uma obra de um
projeto de uma escola indígena com verba do governo federal no valor de R$ 1.423.323,66
(Hum milhão, quatrocentos e vinte três mil, trezentos e vinte e três reais e
sessenta e seis centavos).
A
empresa responsável é a Lachi e Figueiredo Administração e Obra LTDA e o
engenheiro responsável é Gilberto Queiroz. A obra foi iniciada em outubro de
2014, deveria ter sido concluída em 2015, no entanto, os comunitários denunciam
que a obra está parada há mais de 1 ano e o material está estragando, exposto
ao sol e chuva.
A
obra inacabada deixou uma área cimentada, usada para preparação de massa de
cimento que está represando água, servindo como foco de larvas de mosquitos da dengue,
chikungunya e zika vírus, expondo os moradores a enfermidades transmitidas por
esse mosquito.
Escola
Ruka Kanata T-ykua – Luz do Saber
O
informe apresentado pelo vereador Waldemir Jose indica ainda que a quantidade
de merenda escolar não é suficiente para alimentar as crianças o mês todo, foi
encontrado 15 produtos da merenda escolar (13 produtos não perecíveis, 2 proteínas
e 1 suco). (Mercedes Guzmán)
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