quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Roda de Resgate da Capoeira na Praça.



No primeiro sábado de novembro (5), a partir das 16h no Centro Cultural Largo São Sebastião, localizado na Rua Dez de Julho, s/nº, no Centro Histórico de Manaus finaliza o projeto ‘Roda de Resgate da Capoeira na Praça’ organizada pela Secretaria de Cultura do Governo do Amazonas.

Marginalizada pelos europeus, a capoeira se tornou, ao longo do tempo, expressão máxima da cultura brasileira. Arte marcial que mistura cultura popular e música, quase foi esquecida ao longo dos séculos no País. Para participar, basta marcar presença no local, a partir das 16h. Na roda não haverá limite de idade, para que todos possam interagir e aprender.

Segundo o capoeirista responsável pelo projeto, Francisco Oliveira, de 52 anos, os manauenses ainda desconhecem a prática desse esporte. “A nossa sociedade precisa saber que a capoeira é uma atividade completa para o ser humano, que mistura a questão da atividade física e disciplinar. Isso porque a música traz mensagens educativas, além de incentivar os alunos a tocar o berimbau, o atabaque, o pandeiro e os demais instrumentos”, disse. Inclusão - Outro foco do projeto está na inclusão.

Nas rodas, não haverá nenhuma distinção quanto ao sexo ou idade da pessoa que quiser participar. Segundo Oliveira, a ideia passa pela interação entre pessoas diferentes, provocando diretamente o senso de coletividade dos brincantes. “Não há limites para a Capoeira. Todos podem participar!”, garante o instrutor, que é considerado capoeirista Grão-Mestre, por ter mais de 35 anos de prática do esporte.

Nas apresentações, ainda serão convidados outros capoeiristas experientes, como o Eudércio Gusmão, de 63 anos, mais conhecido como Mestre Nenê, e Thiago Litaiff, mais conhecido como Mestre Brutus. 

Lei de obrigatoriedade

Atualmente, existe no Brasil uma lei que reconhece o caráter educacional e formativo da capoeira, autorizando escolas públicas e privadas da educação básica a fechar parcerias com entidades que reúnam profissionais de capoeira. É o Projeto de Lei do Senado (PLS) 17 de 2014.

Segundo Francisco Oliveira, esse projeto só aumenta o rendimento dos alunos nas escolas. “Essa lei é extraordinária! Porque o benefício educativo da capoeira ultrapassa os limites da brincadeira. Não passa apenas a questão da luta, mas os valores de respeito e colaboração, por exemplo”, contou o Mestre que é tido como o primeiro cidadão a entrar com a Capoeira em uma escola em Manaus, na década de 70, quando ainda estudava na Escola Estadual Márcio Nery.



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