Marginalizada pelos europeus, a
capoeira se tornou, ao longo do tempo, expressão máxima da cultura brasileira.
Arte marcial que mistura cultura popular e música, quase foi esquecida ao longo
dos séculos no País. Para participar, basta marcar presença no local, a partir
das 16h. Na roda não haverá limite de idade, para que todos possam interagir e
aprender.
Segundo o capoeirista responsável
pelo projeto, Francisco Oliveira, de 52 anos, os manauenses ainda desconhecem a
prática desse esporte. “A nossa sociedade precisa saber que a capoeira é uma
atividade completa para o ser humano, que mistura a questão da atividade física
e disciplinar. Isso porque a música traz mensagens educativas, além de
incentivar os alunos a tocar o berimbau, o atabaque, o pandeiro e os demais
instrumentos”, disse. Inclusão - Outro foco do projeto está na
inclusão.
Nas rodas, não haverá nenhuma
distinção quanto ao sexo ou idade da pessoa que quiser participar. Segundo
Oliveira, a ideia passa pela interação entre pessoas diferentes, provocando
diretamente o senso de coletividade dos brincantes. “Não há limites para a
Capoeira. Todos podem participar!”, garante o instrutor, que é considerado
capoeirista Grão-Mestre, por ter mais de 35 anos de prática do esporte.
Nas apresentações, ainda serão
convidados outros capoeiristas experientes, como o Eudércio Gusmão, de 63 anos,
mais conhecido como Mestre Nenê, e Thiago Litaiff, mais conhecido como Mestre
Brutus.
Lei de obrigatoriedade
Atualmente, existe no Brasil uma
lei que reconhece o caráter educacional e formativo da capoeira, autorizando
escolas públicas e privadas da educação básica a fechar parcerias com entidades
que reúnam profissionais de capoeira. É o Projeto de Lei do Senado (PLS) 17 de
2014.
Segundo Francisco Oliveira, esse
projeto só aumenta o rendimento dos alunos nas escolas. “Essa lei é extraordinária!
Porque o benefício educativo da capoeira ultrapassa os limites da brincadeira.
Não passa apenas a questão da luta, mas os valores de respeito e colaboração,
por exemplo”, contou o Mestre que é tido como o primeiro cidadão a entrar com a
Capoeira em uma escola em Manaus, na década de 70, quando ainda estudava na
Escola Estadual Márcio Nery.
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