Na quinta-feira (13), no Casarão
de Ideias, localizado à Rua Monsenhor Coutinho, 275, Centro de Manaus aconteceu
o sarau litero musical “Metáforas”, com Regina Melo e Adalberto Holanda. No
repertório, poemas de autoria da escritora, poeta, produtora de audiovisual e
jornalista Regina Melo e outros autores como Leminsk, Brecht, Vinicius de
Moraes e Neruda. Adalberto Holanda, músico e compositor amazonense acompanhou
ao piano e violino e também executou músicas de sua autoria.
Segundo a artista, Regina Melo “a
importância é reunir amigos para falar de esperança, em meio ao caos que nos
encontramos e diante da aparente imobilidade da sociedade, acredito que há uma
revolta sendo gerada que adubará as flores que irão surgir, é assim, esta a ideia de Metáforas... a linguagem
construída para a nossa luta. ´Vamos falar de amor, de desejos, de esperanças,
de luta... porque acredito, está tudo junto, misturado. Não é nada além do que
a realidade, pois nossos sonhos são reais”.
“Nossa esperança é como um bolo,
onde cabem estratégias, sonhos, alegrias, desejos, amores... nada disso é
vão... tudo isso é democrático... e como as metáforas, cabe a nós darmos os
sentidos que as palavras, as coisas, as atitudes, os sonhos, a vida merece”,
salientou Regina Melo.
Poesia ao vivo
"Os meus sonhos, ora sonhos
São verdades bem reais Esse mágico momento Nesse tempo de agonia Esse tempo de
lembrança Nessa tarde, nessa dança Esse tempo de corrida Nesse palco, nessa
vida Esse tempo de combate Desse furor que me bate Não me mates, não me mates
Não me mates de manhã Deixa a noite dos meus olhos Invadir todo esse sol A luz
da manhã de hoje As trevas da tarde de amanhã As noites nas noites do tempo O
sempre alcançado já foi O tempo que sobe as esquinas É o mesmo que desce as
escadas A voz que ecoa na noite É a mesma que cala no dia O vento que venta no
fogo É o mesmo que paira na brisa Do meu coração”, Poema de Regina Melo
Sobre a escolha do nome Metáforas
para o Sarau litero musical, Regina disse "Essa história de tomar
emprestado as palavras é engraçado, porque às vezes não mais as devolvemos. Às
vezes trocamos por outras palavras, por outros sentidos que se tornam posseiros
de nossas emoções. E assim, nessa vida de analogias, vamos construindo frases,
versos que se transformam noutros, ganham novos sentidos e se transformam em...
Metáforas!" ........
"Amo-te com a calma dos
loucos E a ansiedade dos desesperados Com os espaços vagos e roucos Da garganta
à planta dos pés..." (trecho do poema "Amo-te", de Regina Melo.
"É como fazer amor. Encher,
esvaziar o prazer Encher, esvaziar a dor. É tudo e nada. Um jogo de ilusão.
Onde o tudo parece caber em si e o nada é a perfeição" (trecho poema
"Eclipse", de Regina Melo. (Mercedes Guzmán)
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